A SAÚDE ÚNICA NO COMBATE À FEBRE AMARELA NO BRASIL
Conteúdo do artigo principal
Resumo
A Saúde Única surgiu para demonstrar a união indissociável entre a saúde ambiental, animal e humana, além de combater doenças, como a Febre Amarela, que afetam essas três grandes áreas concomitantemente. Este levantamento bibliográfico se baseia em realizar um apanhado geral dos casos de Febre Amarela ocorridos entre o período de 2000 a 2012 demonstrando a importância da Saúde Única no combate a esse arbovírus. A Febre Amarela é uma zoonose infecciosa não-contagiosa, hemorrágica viral aguda, febril e de gravidade variável que se fez presente em diversas epidemias que atingiram o Brasil. Essa doença possui dois ciclos, um urbano e o outro silvestre, ambos transmitidos por insetos hematófagos da família Culicidae, os mosquitos do gênero Aedes tratam-se do vetor urbano da doença, enquanto Haemagogus e Sabethes são vetores silvestres. Para realizar esse levantamento, foram analisados artigos selecionados em bases de dados nacionais e internacionais utilizando-se marcadores previamente definidos. No total, foram encontrados 2.835.888 (dois milhões oitocentos e trinca e cinco mil oitocentos e oitenta e oito) documentos a respeito da temática abordada. Com intuito de refinar a busca, foram selecionados 20 (vinte) artigos para a leitura e produção desse levantamento bibliográfico. Hodiernamente, a vacina, distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), consiste no método mais eficaz para realizar o controle da doença, principalmente das pessoas que vivem em áreas endêmicas. Atualmente, existe a necessidade de combater os vetores transmissores da Febre Amarela, uma vez que eles são responsáveis, também, por disseminar a Dengue, Zika e Chikungunya.
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Referências
ACHA, P. N.; SZYFRES, B. Zoonosis y enfermedades transmisibles comunes al hombre. 3. ed. [S. l.]: Pan American Health Organization, 2005.
BRASILEIRO, A. M. M. Manual de produção de textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Atlas, 2013.
BRITO, T. de. et al. Human fatal yellow fever. Immunohistochemical detection of viral antigens in the liver, kidney and heart. Pathol Res Pract, v.188, n.1-2, p.177-181, 1992. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0344033811811763>. Acessado em: Mai, 2021.
CAVALCANTE, K. R. L. J.; TAUIL, P. L. Características epidemiológicas da febre amarela no Brasil, 2000-2012. Epidemiol. Serv. Saúde, [S. l.] vol. 25, n. 1, pp.11-20, 2016. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ress/a/zz5ZM9dr8H5b6vZfdtS98hC/abstract/?lang=pt>. Acessado em: Mai, 2021.
CDC. Saving Lives By Taking a One Health Approach Atlanta: Centers for disease control and prevention. 2020. Disponível em: <https://stacks.cdc.gov/view/cdc/49400/cdc_49400_DS1.pdf?>. Acessado em: Mai, 2021.
CHAMBERS, T. J. et al. Flavivirus genome organization, expression, and replication. Ann Rev Microbiol. v.44, p.649-488, 1990. Disponível em: <https://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.mi.44.100190.003245?journalCode=micro>. Acessado em: Mai, 2021.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Saúde Única. 2020. Disponível em: <https://www.cfmv.gov.br/saude-unica-2/transparencia/2017-2020/2020/12/11/>. Acessado em: Mai, 2021.
COSTA, Z. G. A. et al. Evolução histórica da vigilância epidemiológica e do controle da febre amarela no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v.2, n.11, p.11-26, 2011. Disponível em: <https://ojs.iec.gov.br/index.php/rpas/article/view/1022>. Acessado em: Jun, 2021.
FORATTINI, O. P. Culicidologia médica. São Paulo: Ed. USP, 2002.
FRANCO, O. A história da febre amarela no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, Departamento Nacional de Endemias Rurais. p. 200, 1969.
GARDNER, C. L.; RYMAN, K. D. Yellow fever: a reemerging threat. Clin Lab Med, v.30, n.1, p.237-260, 2010. Disponível em: <https://ww.labmed.theclinics.com/article/S0272-2712(10)00002-8/fulltext>. Acessado em: Mai, 2021.
GOMES, A. C. et al. Registro de Aedes albopictus em áreas epizoóticas de febre amarela das Regiões Sudeste e Sul do Brasil (Diptera: Culicidae). Epidemiologia e Serviços de Saúde, v.17, p.71-76, 2008. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?pid=S1679-49742008000100007&script=sci_arttext&tlng=es>. Acessado em: Jun, 2021.
JONES, K. E. et al. Global trends in emerging infectious iseases. Nature, v.451, p.990–993, 2008. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/nature06536>. Acessado em: Mai, 2021.
KAHN, L. H. Confronting zoonoses, linking human and veterinary medicine. Emerging infectious diseases, v. 12, n. 4, p. 556, 2006. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3294691/>. Acessado em: Jun, 2021.
LEITE, A. A.; ERRANTE, P. R. Aspectos clínicos, prevenção e epidemiologia da febre amarela no Brasil. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 34, 2017. Disponível em: <http://revista.lusiada.br/index.php/ruep/article/view/796>. Acessado em: Mai, 2021.
LERNER, H.; BERG, C. The concept of health in One Health and some practical implications for research and education: what is One Health? Infect Ecol Epidemiol, v. 5, p. 25300, 2015. Disponível em: <https://www.tandfonline.com/doi/full/10.3402/iee.v5.25300>. Acessado em: Mai, 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre Amarela. 2018. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/ministerio-da-saude-atualiza-casos-de-febre-amarela-5> 2018. Acessado em: Abril, 2021.
MONATH, T. P. Yellow fever: a medically neglected infectious disease. Reviews of Infectious Diseases, n.9, p.165-175, 1987. Disponível em: <https://academic.oup.com/cid/article-abstract/9/1/165/330049?login=false>. Acessado em: Mai, 2021.
MUTEBI, J. P. et al. Phylogenetic and evolutionary relationships among yellow fever virus isolates in Africa. J Virol, v.75, 2001. Disponível em: <https://journals.asm.org/doi/full/10.1128/JVI.75.15.6999-7008.2001>. Acessado em: Jun, 2021.
PRATA, A. Febre amarela. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. v.95, p.183-187, 2000.
QUARESMA, J. A. et al. Revisiting the liver in human yellow fever: virus-induced apoptosis in hepatocytes associated with TGF-beta, TNF-alpha and NK cells activity. Virology, v.345, n.1, p.22-30, 2006. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0042682205006227>. Acessado em: Jun, 2021.
RICE, C. M. et al. Nucleotide sequence of yellow fever virus: implications for flavivirus gene expression and evolution. Science, v.229, p.726-733, 1985. Disponível em: <https://www.science.org/doi/abs/10.1126/science.4023707>. Acessado em: Jun, 2021.
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, Ministério da Saúde. www.saude.gov.br. 1ª edição atualizada - Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
TAN, J. et al. One Health strategies for rabies control in rural areas of China. The Lancet Infectious Diseases, v.17, n.4, 2017. Disponível em: <https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(17)30116-0/fulltext>. Acessado em: Jul, 2021.
TESH, R. B. et al. Experimental yellow fever virus infection in the Golden Hamster (Mesocricetus auratus). Journal of Infectious Diseases, n.183, p.1431-1436, 2001. Disponível em: <https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4303>. Acessado em: Jul, 2021.
VAN DER STUYFT, P. et al. Urbanisation of yellow fever in Santa Cruz, Bolivia. Lancet, v.353, p.1558-1562, 1999. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0140673699032912>. Acessado em: Mai, 2021.
VASCONCELOS, P. F. C. et al. Yellow fever in Pará State, Amazon Region of Brazil, 1998-1999: entomologic and epidemiologic findings. Emerging Infectious Diseases, n.7, p.565-569, 2001. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2631845/>. Acessado em: Jun, 2021.
VASCONCELOS, P. F. C. Febre amarela. Revista da Sociedade Brasileira de Pediatria, Rio de Janeiro, 2000. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/3dpcS3SXsMPVt6LrTZVgJtj/?format=html&lang=pt>. Acessado em: Mai, 2021.
VASCONCELOS, P. F. C. Febre amarela: reflexões sobre a doença, as perspectivas para o século XXI e o risco da reurbanização. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 244-258, 2002. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbepid/a/X56sxtMwdzXqrqTTMCxZYBc/abstract/?lang=pt>. Acessado em: Jun, 2021.
WANG, E. et al. Genetic variation in yellow fever virus: duplication in the 3’ noncoding region of strains from Africa. Virology, v.225, p.274-281, 1996. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0042682296906017>. Acessado em: Jun, 2021.