VIVÊNCIAS, SABERES E PRÁTICAS EDUCATIVAS NO CRAS SÃO SEBASTIÃO EM ABAETETUBA/PA

Resumo

O texto resulta das incursões da vivência de campo realizada durante as experiências com processos educativos em instituições de Educação não formal e tem por objetivo analisar a importância do papel do/a pedagogo/a em ambientes não escolares no município de Abaetetuba-PA. A vivência de campo ocorreu no Centro de Referência da Assistência Social/CRAS, momento em que foi possível acompanhar, observar e registrar a prática e o fazer pedagógico como construções sociais, no contexto de um processo contínuo na comunidade do São Sebastião. A pesquisa de campo foi desenvolvida sob a orientação do paradigma qualitativo com a utilização de observação participante, registros escritos e imagéticos, entrevistas com os interlocutores e roteiro orientador. Os relatos, contidos aqui são narrativas do viver a pedagogia em ambientes de educação não formal, concebida a partir da perspectiva de uma Pedagogia Social conforme pensam: Freire (1987, 2013), Libâneo, (1998), Caliman (2006), Machado (2002) e Arroyo (2012), os quais  contextualizam historicamente a origem da educação não-formal. A pesquisa conclui que no cenário atual a formação dos/as pedagogos/as exige o conhecimento e a habilidade para lidar com situações de sujeitos e grupos em vulnerabilidade social, o que demanda um olhar específico e uma amplitude do currículo dos cursos de pedagogia para a perspectiva da Pedagogia Social. Com isso, conclui-se que a estrutura dos cursos de formação de professores continua a mesma há décadas, porém as demandas sociais têm forçado mudanças importantes, o que contribui para a busca de novas perspectivas formativas em espaços de educação não-formal, considerando que a vivência dessas experiências também são momentos de aprendizagem sobre a profissão.