TERAPIA OCUPACIONAL E SAÚDE COLETIVA: APONTAMENTOS SOBRE INTERDISCIPLINARIDADE A PARTIR DE UMA NARRATIVA AUTOBIOGRÁFICA
Main Article Content
Abstract
The objective of this article was to explore the knowledge located at the interface between Collective Health and Occupational Therapy, based on the analysis of an autobiographical narrative. The methodology used was the bio-autobiographical investigation, using the researcher's personal documents as sources, systematized through a contextualization map and then structured in a narrative. Data analysis was carried out by grouping the thematic fields of meanings that emerged from the narrative and discussing them with the references of Occupational Therapy and Collective Health. As a result, the modes of constituting the objects of study and domains of Occupational Therapy and Collective Health as disciplines became central to this process, as well as the tension between a disconnected interdisciplinarity and an interdisciplinarity that seeks synthesis as the last and most valuable arrangement. It is considered that the construction of disciplines and the different understandings about interdisciplinarity are significant elements for the construction of interdisciplinary practices in the field of collective health. Still, the construction of a biographical narrative favored the approximation between researcher and research object and, carries the power of, from singular experiences, to name the experience of many and reveal the knowledge from within certain phenomena, less accessible to conventional research methods.
Article Details
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
References
BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORTIZ, R. (org.). A Sociologia de Pierre Bourdieu. Trad. de Paula Montero e Alícia Auzmendi. São Paulo: Ática, 1983. p.112-43.
BRASIL. Lei 11.129, de 30 de junho de 2005. Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem; cria o Conselho Nacional da Juventude - CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nºs 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p.1-2, 01 jul. 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Resolução CNRMS n° 1, de 30 de janeiro de 2012. Institui as Câmaras Técnicas da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p. 29-30, 30 jan. 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Resolução CNRMS n° 2, de 13 de abril de 2012. Dispõe sobre Diretrizes Gerais para os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p.24-25, 16 abr. 2012.
BRASIL. Portaria Interministerial 7, de 16 de setembro de 2021. Dispõe sobre a estrutura, a organização e o funcionamento da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde – CNRMS de que trata o artigo 14 da lei 11.129, de 30 de junho de 2005,e institui o Programa Nacional de Bolsas para Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p.50-52, 17 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Documento de área: saúde coletiva. Brasília: Ministério da Educação, 2019.
BURKE, P. Uma história social do conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
CAMPOS, G.W.S. Saúde pública e saúde coletiva: campo e núcleo de saberes e práticas. Ciência & Saúde Coletiva, Manguinhos, v. 5, n.2, p. 219-230, jul-dez 2000. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/mvLNphZL64hdTPL4VBjnrLh/?format=pdf&lang=pt>. Acessado em: Mai. 2023.
CARDINALLI, I. Conhecimentos da Terapia Ocupacional no Brasil: um estudo sobre trajetórias e produções. 2017. 208p. Dissertação (Mestrado em Terapia Ocupacional) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2017. Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/8496/DissIC.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acessado em: Mai. 2023.
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL (COFFITO). Resolução no 366, de 20 de maio de 2009. Dispõe sobre o reconhecimento de Especialidades e de Áreas de Atuação do profissional Terapeuta Ocupacional e dá outras providências. Disponível em: <https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3129>. Acessado em: Mai. 2023.
DELORY-MOMBERGER, C. Abordagens metodológicas na pesquisa biográfica. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v.17, n.51, p.523-536, set-dez. 2012. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbedu/a/5JPSdp5W75LB3cZW9C3Bk9c/?format=pdf&lang=pt>. Acessado em: Mai. 2023.
EMMEL, M. L. G. Caminhos trilhados e contribuições para o desenvolvimento da Terapia Ocupacional no Brasil. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, São Carlos, v.25, n.1, p. 235-242, jan-mar. 2017. Disponível em: <https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/1629/837>. Acessado em: Mai. 2023.
FERIOTTI, M. L. Construção de identidade(s) em terapia ocupacional no contexto das transformações paradigmáticas da saúde e da ciência. In: PÁDUA, E. M. M.; FERIOTTI, M. L. (orgs.). Terapia ocupacional e complexidade: práticas multidimensionais. Curitiba: CRV, 2013. p.43-72.
FERIOTTI, M. L. Universidade, formação de professores e movimentos sociais: a colcha de retalhos como metáfora das relações interdisciplinares e transdisciplinares. 2007. 287p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2007. Disponível em: <https://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/bitstream/handle/123456789/15315/cchsa_ppgedu_me_Maria_LF.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acessado em: Mai. 2023.
LORENA, A. G.; AKERMAN, M. Uma ou várias? Identidades para o sanitarista!. 1ª ed. São Paulo: Hucitec, 2016.
LUZ, M. T. Complexidade do Campo da Saúde Coletiva: multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, e transdisciplinaridade de saberes e práticas – análise sócio-histórica de uma trajetória paradigmática. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.18, n.2, p. 304-311, abr-jun. 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/sausoc/a/MkLhKMvH4KqDSJNgSG48VqG/?format=pdf&lang=pt>. Acessado em: Mai. 2023.
MAFFESOLI, M. Elogio da razão sensível. Petrópolis: Vozes, 1998.
MALFITANO, A. P. S. et al. Programa de pós-graduação stricto sensu em Terapia Ocupacional: fortalecimento e expansão da produção de conhecimento na área. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Florianópolis, v.18, n.1, p. 105-111, jan. 2013. Disponível em: <https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/2401/pdf48>. Acessado em: Mai. 2023.
MEI, A. E.; BARROS, N. F.; CARRETTA, R. Y. Saúde Coletiva e suas aproximações com a Terapia Ocupacional: reflexões a partir de uma revisão bibliográfica. Saúde em Redes, Porto Alegre, v.9, 2023. No prelo.
MORIN, E. O Método 1: a natureza da natureza. 2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2005.
MORIN, E. O Método 3: o conhecimento do conhecimento. 3ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2005.
NUNES, E. D. La salud colectiva em Brasil: analizando el proceso del institucionalización. Salud Colectiva, Buenos Aires, v.12, n.3, p. 347-360, jul-set. 2016. Disponível em: <http://revistas.unla.edu.ar/saludcolectiva/article/view/894/1041>. Acessado em: Mai. 2023.
NUNES, E. D. Sobre a sociologia da saúde: origens e desenvolvimento. 2ª edição. São Paulo: Hucitec, 2007.
PÁDUA, E. M. M. Pesquisa e Complexidade. 1ª ed. Curitiba: CRV, 2014.
RAIMONDI, G. A. et al. A autoetnografia performática e a pesquisa qualitativa na Saúde Coletiva: (des)encontros método+lógicos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.36, n.12, e00095320, dez. 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csp/a/QpHzDBkR6cLpWjttVfxm7LP/?format=pdf&lang=pt>. Acessado em: Mai. 2023.
ROSENTHAL, G. História de vida vivenciada e história de vida narrada: a interrelação entre experiência, recordar e narrar. Civitas, Porto Alegre, v.14, n.2, p. 227-249, mai-ago. 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/civitas/a/5SY8P9tjdsvTMJdvTBkcLxH/?format=pdf&lang=pt>. Acessado em: Mai. 2023.
SANTOS, B. S. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, v.63, p. 237-280, mai-ago. 2002. Disponível em: < https://journals.openedition.org/rccs/1285>. Acessado em: Mai. 2023.
SMIRAGLIA, R. The Epistemological Dimension of Knowledge Organization. Iris, Recife, v.2, n.1, p. 2-11, jan-jun. 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/IRIS/article/view/498/402>. Acessado em: Mai. 2023.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Fundação Universitária para o Vestibular (FUVEST). Informe n° 1/2018, de 04 de julho de 2017. Processo Seletivo para preenchimento das vagas dos Programas de Residência em Área Profissional da Saúde nas modalidades Uni e Multiprofissional para o período letivo 2018-2020. Disponível em: http://www.fuvest.br/wp-content/uploads/Informe-Resid%C3%AAncias-01_2018.pdf. Acessado em 18 de julho de 2018.
VIEIRA-DA-SILVA, L. M.; PAIM, J. S.; SCHRAIBER, L. B. O que é Saúde Coletiva? In: PAIM, J. S.; ALMEIDA-FILHO, N. (orgs.). Saúde Coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: Medbrook, 2014. p. 3-12.
VIEIRA-DA-SILVA, L. M. O campo da saúde coletiva: gênese, transformações e articulações com a reforma sanitária. 1ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2018.