NOUVELLE HISTOIRE: QUESTÕES CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS APRESENTADAS À HISTÓRIA
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Resumen
Neste texto apresentamos uma síntese dos principais pontos discutidos em uma mesa redonda realizada em 1977, na França, com a participação de renomados historiadores da historiografia francesa, em especial os annalistas da terceira geração da École des Annales. Optamos pela pesquisa bibliográfica, tendo como base a obra “A nova história”, um compêndio que reuniu as principais questões e argumentações teórico-metodológicas de Jacques Le Goff, Emmanuel Le Roy Ladurie, Georges Duby, Michel de Certeau, Paul Veyne, Philippe Ariès e Pierre Nora apresentadas à história. O grande debate que se instaurou durante a terceira geração (1968-1989) da École des Annales discutiu os fundamentos, conceitos e métodos da História. A Nouvelle Histoire procurou se afastar do método positivista adotado pela história tradicional, ao passo que se aproximou cada vez mais do método qualitativo e etnológico. A Nouvelle Histoire, defendida pelos terceiros annalistas, propôs uma nova perspectiva de abordagem do fenômeno histórico. Trouxe para o cenário da discussão alguns elementos desconsiderados pela história positivista: diversificação de objetos de estudo, a micro-história (em oposição à história totalizante do projeto original) de grupos sociais descartados pela história oficial clássica, a história das mentalidades, a análise dos fenômenos sob diferentes recortes espaço-temporais e a valorização de fontes não documentais, como a história oral e a iconografia. A partir desses condicionantes, a Nouvelle Histoire se propôs analisar, compreender e explicar a realidade social em sua complexidade histórica e distintas dimensões (humana, social, cultural, política, econômica) e manifestações de linguagem (semiótica e significado).
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