ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL
Conteúdo do artigo principal
Resumo
A infância é uma etapa da vida marcada por mudanças decorrentes do crescimento e desenvolvimento do indivíduo. É influenciada pelas alternâncias do ambiente familiar, físico, social e cultural em que a criança está inserida. Entretanto, a violência sexual encontra-se cada vez mais presente na vida de diversas crianças, provocando uma série de impactos negativos para a sua saúde. O trabalho em questão tem como objetivo analisar os aspectos da violência sexual infantil e o papel do enfermeiro, abordando a prevalência de consequências comportamentais e clínicas. O estudo é uma revisão bibliográfica da literatura consistida na busca de publicações indexadas nas bases de dados: SciELO, BDEnf, PubMed e MEDLINE; com arquivos datados de 2010 a 2022, nos idiomas português e inglês; com os descritores: “Violência sexual”, “Crianças” e “Cuidados de enfermagem”. Sendo assim, foi observado que a violência sexual infantil é um problema de saúde pública que traz diversas consequências para o desenvolvimento e crescimento da criança e que a assistência do enfermeiro é imprescindível no processo da prevenção e intervenção da violência sexual contra a criança. Contudo, devido a carência na capacitação dos profissionais de enfermagem para o atendimento é fundamental que haja um treinamento específico para a abordagem da violência sexual infantil.
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Referências
ALMEIDA, A. H. V., et al. A responsabilidade dos profissionais de saúde na notificação dos casos de violência contra crianças e adolescentes de acordo com seus códigos de ética. Arquivos em Odontologia, Belo Horizonte, v.48 n.2, p. 102-115, 2012. Disponível em: < http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-09392012000200008&script=sci_arttext>. Acesso em: 16 ago. 2023.
BRASIL. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA). 2018. Disponível em: < https://www.gov.br/mdh/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselho-nacional-dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente-conanda/conanda>. Acesso em: 20 out. 2022.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 30 abr. 2022.
BRASIL. Lei 7.498 de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. Brasília, 1986. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7498.htm>. Acesso em: 18 maio 2022.
BRASIL. Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 30 abr. 2022.
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Disque 100 tem mais de 6 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em 2021. Disponível em: < https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/maio/disque-100-tem-mais-de-6-mil-denuncias-de-violencia-sexual-contra-criancas-e-adolescentes-em-2021>. Acesso em: 20 abr. 2022.
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Crianças e adolescentes são 79% das vítimas em denúncias de estrupo registradas no Disque 100. Disponível em: < https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/junho/criancas-e-adolescentes-sao-79-das-vitimas-em-denuncias-de-estupro-registradas-no-disque-100>. Acesso em: 28 out. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília: Editora MS, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília, 2012. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desenvolvimento.pdf>. Acesso em: 11 maio 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico Nº 27 – Análise epidemiológica da violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, 2011 a 2017. V. 49. Brasília, 2018. Disponível em: < https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/boletim-epidemiologico-no-27/>. Acesso em: 15 maio 2022.
BRASIL. Senado Federal. Brasil precisa combater abuso sexual na infância com mais empenho, aponta debate. Brasília, 2022. Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/06/24/brasil-precisa-combater-abuso-sexual-na-infancia-com-mais-empenho-aponta-debate>. Acesso em: 25 out. 2022.
CONFORTO, E. C.; AMARAL, D. C.; SILVA, S. L. Roteiro para revisão bibliográfica sistemática: aplicação no desenvolvimento de produtos e gerenciamento de projetos. CBGDP, Porto Alegre, p. 1-12, 2011. Disponível em: < https://repositorio.usp.br/item/002833837>. Acesso em: 25 out. 2022.
FLORENTINO, B. R. B. As possíveis consequências do abuso sexual praticado contra crianças e adolescentes. Revista de Psicologia, v. 27, p. 139-144, maio-ago. 2015. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/fractal/a/dPY6Ztc8bphq9hzdhSKv46x/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 09 maio 2022.
FLORENTINO, B. R. B. Abuso sexual, crianças e adolescentes: reflexões para o psicólogo que trabalha no CREAS. Fractal: Revista de Psicologia, v. 26, n.1, p. 59-70, 30 abr. 2014. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/fractal/a/MZSfWZbB3J8dRsdmT94k5gG/?lang=pt>. Acesso em: 13 set. 2022.
FONTOURA, E. S., et al. Sistematização da assistência de enfermagem frente à violência sexual infantojuvenil: revisão narrativa da literatura. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba. v. 4, n. 1, p. 635-645. 2021. Disponível em: < https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/22823>. Acesso em: 10 maio 2022.
GALINDO, N. A. L., et al. Violência Infanto-juvenil sob a ótica da enfermagem. Rev. Enferm. UFPE, v. 11, n. 3, 2017. Disponível em: < https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/13986/16843>. Acesso em: 7 maio 2022.
GUZZO, A. C. A. (coord). Protocolo de Atenção Integral a crianças e adolescentes vítimas de violência. Pará, p.20-75, 2010. < https://www.tjdft.jus.br/informacoes/infancia-e-juventude/publicacoes-textos-e-artigos/publicacoes/publicacoes-1/ProtocoloAtenIntegralCriancasAdolecentesVitimasViol.pdf>. Acesso em: 25 out. 2022.
KRUG, E. G. et al. Relatório mundial sobre violência e saúde. Geneva: World Health Organization, 2002. p. 360. Disponível em: < https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/42495/9241545615_eng.pdf?sequence=1>. Acesso em: 18 abr. 2022.
MIRANDA, M. H. H. et al. Violência sexual contra crianças e adolescentes: uma análise da prevalência e fatores associados. Ver. Esc. Enferm. USP. São Paulo. 2020. Disponível em: < http://www.atenas.edu.br/uniatenas/iniciacaoCientifica/artigos_cientificos/7/7/2019>. Acesso em: 28 out. 2022.
MOLA, R. et al. Conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a sistematização da assistência de enfermagem. Revista Fundamental Care Online. Rio de Janeiro, v. 11, n. 4, p. 887-893, 2019. Disponível em: <http://seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/6700/pdf_1>. Acesso em: 19 out. 2022.
OLIVEIRA, F. G., et al. Atuação do Enfermeiro frente à criança/adolescente vítima de abuso sexual. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. ed. 11, v. 17, p. 83-102. nov, de 2020. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/vitima-de-abuso>. Acesso em: 19 out. 2022 .
OLIVEIRA, I. CNN BRASIL. Das 4.486 denúncias de violação infantil em 2022, 18,6% estão ligadas a abuso sexual. 2022. Acesso em 14 de maio. Disponível em: < https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2022-tem-4-486-denuncias-de-abuso-infantil-maioria-dos-casos-acontece-com-meninas/>. Acesso em: 28 out. 2022.
PLATT, V. B., et al. Violência sexual contra crianças: autores, vítimas e consequências. Ciênc. Saúde Colet. Florianópolis. v. 23, n. 4, p. 1019-1031, abr. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/hTR8wBZKQNrYLm4HB6p849c/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 02 maio 2022.
SANTOS, M. J., et al. Caracterização da violência sexual contra crianças e adolescentes na escola – Brasil, 2010-2014. Epidemiol. Serv. Saúde. Brasília, v. 27, n. 2, e2017059, jun. 2018. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ress/a/kLhXyY7p3NFKm4KrpZRpCTz/?lang=pt>. Acesso em: 26 abr. 2022.
SERAFIM, A. P., et al. Dados demográficos, psicológicos e comportamentais de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Rev. psiquiatr. clín. São Paulo, v. 38, n. 4, p. 143- 147, 2011. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rpc/a/VS6r7mDKrQgqfYTK5RT5sjN/?lang=pt>. Acesso em 17 maio 2022.
SILVA, G. C. B., et al. Violência contra crianças e adolescentes do sexo feminino: perfil da vítima e do agressor em município do Nordeste do Brasil. Revista Saúde e Ciência online, v. 8, n. 1, p. 88-99, 2019. Disponível em: < https://rsc.revistas.ufcg.edu.br/index.php/rsc/article/view/63>. Acesso em: 27 out. 2022.
SILVA, M. J. C. J.; MARQUES, S. M. M. O enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes no município de São Luis: reflexões sobre o controle social. Universidade Federal do Maranhão – UFMA, 2018. Disponível em: < http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIV/eixos/6_poder-violencia/o-enfrentamento-da-violencia-sexual-contra-criancas-e-adolescentes-no-municipio-de-sao-luis-re2.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2022.
TORRES, A. R. et al. Consulta de enfermagem na estratégia saúde da família: potencialidades e fragilidades. Revista Multidisciplinar em Saúde, v. 1, n. 4, p. 18-18, 2020. Disponível em: <https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/564>. Acesso em: 23 out. 2022.
WOISKI, R. O. S.; ROCHA, D.L.B. Cuidado de enfermagem à criança vítima de violência sexual atendida em unidade de emergência hospitalar. Rev. Enferm. Esc Anna Nery, v. 14, n.1, p.143-50, jan-mar. 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ean/a/mNqcgm34rBL9QzmRqTJznMq/?lang=pt>. Acesso em: 01 maio 2022.